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Trilhas Sonoras do Turismo - Destinos que se tornaram Inesquecíveis pela Música

Por Eric Herrero
Por Eric Herrero

Alguns lugares são lembrados não apenas por sua paisagem ou arquitetura, mas pelo som que os define. A música tem o poder de transformar cidades em experiências sensoriais completas. Ela molda memórias, guia passos e, muitas vezes, é o primeiro elo entre o turista e o destino. Imagine Buenos Aires sem o tango. Difícil, né? Caminhar por San Telmo ou La Boca ao som de um bandoneón é como entrar num filme em preto e branco, onde cada nota carrega saudade e intensidade. O mesmo acontece em Viena, onde Mozart, Beethoven e Strauss continuam sendo anfitriões invisíveis em palácios, cafés e teatros. A cidade respira música clássica como parte de seu cotidiano turístico e cultural.


No Brasil, Salvador pulsa com os tambores do Ilê Aiyê e do Olodum, que transformam o Pelourinho num palco de ancestralidade. Mas é no Rio de Janeiro que a música alcança seu papel mais plural e transformador. A trilha sonora da cidade é viva, espontânea e multicolorida. Cada bairro carrega um ritmo, um sotaque sonoro, uma história cantada. O samba, nascido entre os terreiros da Pequena África, floresceu em bairros como Madureira, reduto das lendárias Portela e Império Serrano. Ali, rodas de samba convivem com feiras populares, barracões e histórias de resistência cultural. Visitar Madureira é mergulhar no coração de um Brasil que canta para não esquecer. Na Lapa, sob os arcos coloniais, a cidade pulsa com a força dos antigos salões de baile e dos programas de rádio que eternizaram nomes como Aracy de Almeida, Noel Rosa e Cartola. A boemia se mistura à tradição, criando um ambiente onde o passado dialoga com o presente, e onde turistas encontram não apenas shows, mas vivências autênticas.


Ipanema e Leblon, por sua vez, ainda respiram a brisa da bossa nova. Nos bares com voz e violão, nas feiras de vinil, nos músicos de rua, o legado de Tom, Vinicius e João permanece vivo, convidando visitantes a sentarem à beira-mar e ouvirem a cidade em tom menor, entre um acorde e uma poesia.


Mais recentemente, as comunidades cariocas têm revelado uma nova paisagem sonora. Do Vidigal ao Complexo do Alemão, surgem orquestras sociais, batalhas de rima, bailes, coletivos de música eletrônica e festivais locais que colocam as periferias no centro da cena cultural. A música rompe muros e se torna ponte entre realidades — atraindo não só turistas curiosos, mas também agentes culturais, jornalistas e produtores do mundo todo. Essa diversidade transforma o Rio em um verdadeiro museu sonoro a céu aberto. Para o turista sensível, a cidade não se limita ao visual. Ela vibra, canta e emociona. E talvez seja essa a maior dádiva que a música oferece ao turismo: a chance de viver um lugar não apenas com os olhos, mas com o coração.

Um campeão de Bilheteria

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro traz a partir desta quarta-feira, dia 14, mais uma temporada do ballet O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky.

Os ingressos se esgotaram em menos de uma hora de vendas!

A temporada irá até o dia 25 e contará com telão no Boulevard do TM nos dias 16 e 17, com retirada de senhas uma hora antes do espetáculo.

Praça Floriano, Cinelândia.

Foto : Divulgação
Foto : Divulgação
Ancestralidade

A Casa da Tia Ciata, no Valongo, traz a 4ª edição da sua roda de conversa neste ano. O tema dessa vez é "O Legado Afrodiaspórico de Tia Ciata: Confluências entre Saber, Samba e Saúde."

Intelectuais e ativistas de diferentes áreas compartilharão perspectivas sobre o samba e a saúde a partir de matrizes afrodiaspóricas.

Quinta-feira, dia 29 de maio, das 16h às 18h.

Rua Pedro Ernesto, 80.

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