Domingo de Dados.Por Eric Herrero
- Turismo News
- 6 de abr.
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Atualizado: 16 de abr.

Domingo de Dados.
Um dos pilares mais potentes para o desenvolvimento humano, social e econômico, a Cultura é muito mais que entretenimento - movimenta a economia, gera empregos, promove inclusão social e fortalece a identidade de um povo criativo por natureza. Investir em Cultura é apostar na capacidade que o estado tem de se reinventar, inovar e prosperar a partir daquilo que produz de mais autêntico: sua expressão artística.
Dados recentes do Observatório da Fundação Itaú apontam, no panorama nacional, que o setor da Cultura e Indústria Criativa empregou 7,8 milhões de pessoas no último trimestre de 2024, entre trabalhadores formais e informais — um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi superior ao da economia geral, que registrou aumento na casa de 2%.
Além disso, a remuneração média desses profissionais passou de R$3.200,00 para R$4.800,00, indicando não só maior inserção no mercado, mas também uma valorização da força de trabalho criativa.
No Rio de Janeiro, esse impacto é ainda mais visível. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas revelou, por exemplo, que cada R$1,00 investido por meio da Lei Paulo Gustavo gerou R$6,51 em retorno para a economia local. É um desempenho que supera com folga muitos setores tradicionais e comprova a necessidade de políticas públicas permanentes para o fomento à Cultura.
O estado do Rio de Janeiro — berço de manifestações culturais únicas, de talentos reconhecidos globalmente e da criatividade pulsante — tem em mãos um grande trunfo e demonstra esforço em mantê-lo e potencializa-lo. Vejamos dados a respeito do investimento em fomento à Cultura que o estado tem feito: em 2020 o número total era de 80 milhões de reais. Hoje, este número bate a casa do 1,2 bilhão de reais.
Quando se fala em distribuição de recursos, os números também são impressionantes: antes, via-se uma concentração desses valores na capital, enquanto o interior tinha grande dificuldade de acessá-los. Hoje, a realidade é inversa — quase 70% dos investimentos em Cultura vão para os municípios do interior e Baixada. Uma virada histórica na democratização e otimização do FEC (Fundo Estadual de Cultura), através de inúmeros editais públicos da SECEC/RJ, possibilitando a chegada dos recursos com maior eficácia à ponta, àqueles que mais precisam.
Dados como estes nos trazem a certeza de que Cultura não é gasto, mas investimento. Não se trata de retórica: trata-se de oportunidade. De enxergar a Cultura como solução, como caminho, como eixo estratégico de geração de emprego, renda, oportunidades, turismo, desenvolvimento social e econômico.
Novidades à vista

Com forte investimento em infraestrutura urbana e cultural nos últimos anos, a cidade de Miguel Pereira, tem se destacado como destino para ecoturismo, gastronomia e eventos, além de valorizar seu patrimônio histórico e artístico. É um exemplo de como pequenos municípios podem se reinventar por meio da cultura e da criatividade.
Seguindo nesse caminho, a Prefeitura do município acaba de divulgar um instigante vídeo da implementação da primeira pista de Ice Kart da América Latina. Mais uma grande ideia, ao lado do teleférico a ser instalado no coração da Mata Atlântica e do futuro Parque Aquático que deverá ser a versão fluminense do Thermas da Mata, de Cotia SP. Tudo isso deve se somar agora em 2025 aos já conhecidos Parque dos Dinos e Maria Fumaça.
A cidade fica a apenas 120km da capital fluminense e se firma como grande opção do turismo, cultura e lazer.
