
Vernissage Casa de Cultura Laura Alvim “Nunca é pra Sempre” e Lançamento do Livro Bruna Lombardi
- Turismo News
- 9 de jun.
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Rio das Letras e Artes
Vernissage Casa de Cultura Laura Alvim
A exposição "Nunca é para sempre", da artista visual Flavia Fabbriziani, propõe um diálogo profundo com a natureza, o tempo e a impermanência. Em sua fase mais recente, Flavia parte da observação cotidiana da paisagem do ateliê para refletir sobre o que vemos e o que realmente conseguimos perceber. Suas obras, anteriormente centradas na abstração gestual, agora incorporam elementos naturais reconhecíveis — “quase miragens” — que surgem como lampejos de memória e percepção.

A mostra, em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro, reúne pinturas inéditas e uma instalação visual-sonora. As telas, marcadas por tons de verde, amarelo e terrosos, mantêm a expressividade do gesto, mas revelam novas camadas de significado através da presença da natureza e da passagem do tempo.

Na instalação, costuras irregulares nas telas e sons que conduzem o visitante criam uma experiência sensorial que convida à introspecção. A artista propõe um percurso onde a arte se torna um espelho da vida: fragmentada, fluida e em constante transformação.

A curadoria de Shannon Botelho ressalta essa transição, definindo as novas obras como imagens que flutuam entre o abstrato e o figurativo, sugerindo que nada é fixo — “nunca é para sempre”.
Além de artista, Flavia traz em sua trajetória experiências com memória, arte contemporânea e instalação, como no projeto “Mulheres Iluminadas”, em que biografias femininas viraram arte. Seu trabalho é marcado por gestos intensos, pinceladas vigorosas e superfícies que revelam memórias e paisagens internas, refletindo tanto o mundo ao redor quanto o seu mundo interior.

A exposição é uma jornada sensível que conecta natureza, tempo e existência, convidando o público a perceber que a verdadeira visão exige presença.

Lançamento do Livro – BRUNA LOMBARDI - Livraria Travessa

Já em “Filmes proibidos”, Bruna Lombardi mergulha o leitor no caos afetivo e existencial de uma mulher moderna nos anos 90. Com humor, ironia e lirismo, o romance capta a essência de uma protagonista intensa e livre, em busca de amor, identidade e sentido. Um retrato ousado e atual de uma alma feminina que, mesmo décadas depois, ainda fala diretamente ao nosso tempo.
Ao ler Filmes proibidos, de Bruna Lombardi, me deparei com um retrato cru e fascinante da alma feminina urbana. A protagonista, aos trinta anos, é intensa, irônica e mergulhada em desejos incontroláveis — como o amor por um homem que desaparece e reaparece feito miragem.
O livro, escrito em 1990, impressiona pela atualidade. Fala de solidão, identidade e liberdade com uma coragem rara. Bruna não suaviza o caos da vida: ela o expõe com humor afiado e frases que merecem ser sublinhadas.
É impossível não se reconhecer nos tropeços dessa mulher que vive entre conversas surreais e relações incertas. Sem redes sociais ou selfies, ela exige presença real — o que torna a narrativa ainda mais potente.
Andréa Cunha
Presidente ALARJ
Ceo Goodfriends Seguros