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Turismo Doméstico segue como Força Motriz do Setor no Brasil e Lídera Embarques em 2024

Atualizado: 9 de jul.


O turismo doméstico segue impulsionando a indústria de viagens no Brasil e, mais uma vez, mostrou sua força em 2024. Dados recém-divulgados pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) revelam que as viagens nacionais responderam por 60% de todos os embarques registrados no país no último ano. Ao todo, foram 5,88 milhões de passageiros embarcando para destinos brasileiros, um número que equivale a aproximadamente 31,6 mil voos lotados com capacidade média de 186 assentos.


O mercado interno também demonstrou vigor em termos financeiros. Segundo o levantamento, o turismo doméstico movimentou R$ 5,46 bilhões ao longo de 2024, consolidando-se como uma das principais engrenagens da economia turística nacional. O montante representa cerca de 25% do faturamento total das operadoras associadas à Braztoa, que atingiu a marca de R$ 22,09 bilhões no período.


CRESCIMENTO CONSOLIDADO


O desempenho do turismo doméstico permanece consistente, mesmo diante da forte recuperação do turismo internacional. No primeiro trimestre de 2025, o transporte aéreo nacional registrou um crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2024, com um total de 23,7 milhões de passageiros domésticos transportados. Paralelamente, o setor de serviços turísticos como um todo alcançou um faturamento histórico de R$ 16,5 bilhões em fevereiro de 2025, evidenciando a importância estratégica do mercado interno.


PERFIL DAS VIAGENS DOMÉSTICAS


As viagens domésticas têm características bem definidas. Segundo o estudo da Braztoa, a maioria dos turistas brasileiros (52%) optou por viagens de média duração, entre cinco e oito dias, frequentemente durante as férias escolares. Já as viagens de curta duração, com até quatro dias, representaram 35% dos embarques, sendo impulsionadas por feriados prolongados e escapadas de fim de semana.


Pesquisas recentes apontam que, em 2025, 62% dos brasileiros pretendem realizar viagens curtas, com duração entre uma e quatro noites, enquanto metade planeja viagens de uma semana.


No que diz respeito ao perfil dos viajantes, a Geração X (45 a 65 anos) lidera o ranking, representando 34% dos turistas nacionais, seguida pela Geração Y (30 a 45 anos), com 25%. Viagens em família continuam em alta, com 55% dos turistas viajando com o núcleo familiar (pais e filhos) e 30% com a família estendida.


Entre os fatores mais importantes na hora de escolher o destino, os brasileiros destacam a segurança (80%), o custo-benefício (76%), o clima (72%), as paisagens naturais (71%) e a gastronomia local (69%).


DESTINOS DE MAIOR DESTAQUE


O Nordeste continua a dominar o cenário nacional, atraindo 44% dos embarques e concentrando 45% da receita gerada pelo turismo doméstico. A região Sudeste respondeu por 26% dos embarques, seguida pelo Sul (11%), Centro-Oeste (10%) e Norte (8%).


No ranking dos destinos mais procurados de 2024, o Rio de Janeiro lidera como o principal polo turístico nacional, seguido por Porto de Galinhas (PE), Maceió (AL), São Paulo (SP), Porto Seguro (BA), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Praia do Forte (BA) e Natal (RN).


Entre as experiências mais vendidas no Brasil, destacam-se atrações como o Beto Carrero World (SC), o Beach Park (CE), cruzeiros, passeios às Cataratas do Iguaçu (PR) e roteiros de praias e jangadas, além de destinos como Jalapão (TO), resorts e city tours.


DESTINOS EM ASCENSÃO


O verão de 2025 trouxe novos protagonistas ao turismo doméstico, com alguns destinos registrando um expressivo aumento nas buscas. Florianópolis liderou esse crescimento, com um salto de 108% nas pesquisas, figurando como o quarto destino mais procurado globalmente para a estação.


Foz do Iguaçu também surpreendeu, com alta de 248% nas buscas. Outros destinos em ascensão incluem Búzios (+144%), Porto de Galinhas (+153%), Maceió (+73%) e Fortaleza (+56%). Além deles, Manaus, Belém, Belo Horizonte, Recife e Salvador estão entre os destinos que mais cresceram em reservas, reforçando a diversidade e o potencial do turismo interno brasileiro.


Cidades como Gramado (RS), que recebe cerca de seis milhões de visitantes ao ano, mantêm posição consolidada, com 90% da economia local baseada no turismo e um faturamento anual estimado em R$ 1,5 bilhão. Já destinos como Bonito (MS), Jalapão (TO) e Chapada Diamantina (BA) continuam em alta no turismo ecológico e de aventura.


INFRAESTRUTURA E INCENTIVOS


O fortalecimento do turismo doméstico também é resultado de políticas públicas e de investimentos em infraestrutura. Programas como o “Conheça o Brasil – Voando”, uma parceria entre o Ministério do Turismo e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), ampliaram a conectividade entre as cidades brasileiras. Em 2024, o número de voos domésticos cresceu 10,7%, com um aumento de 12% no número de assentos oferecidos.


Além disso, o governo federal tem concentrado esforços para democratizar o acesso à aviação e aprimorar a infraestrutura turística, incentivando o desenvolvimento de novos destinos e a descentralização do fluxo de viajantes.


PERSPECTIVAS PARA 2025


As projeções para 2025 são otimistas. De acordo com um levantamento da Booking.com, 58% dos brasileiros pretendem viajar dentro do país neste ano. Os destinos de praia seguem como preferência nacional (64%), seguidos pelas viagens urbanas (49%) e pelas experiências junto à natureza (40%). Visitar familiares também segue em alta, sendo o objetivo de 41% dos turistas.


A tendência de valorização de experiências autênticas ganha força, com metade dos turistas evitando destinos saturados. Os viajantes buscam roteiros alternativos, personalizados e sustentáveis, o que deve impulsionar ainda mais o turismo regional.


IMPACTO ECONÔMICO E SOCIAL


O setor de turismo segue como um dos maiores geradores de empregos formais no Brasil. Somente no primeiro trimestre de 2025, foram criados 467,4 mil postos formais de trabalho no setor, com um saldo líquido positivo de 62,4 mil vagas.


Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, o turismo doméstico é um motor essencial para o desenvolvimento regional e para a geração de renda em todas as partes do país.


CONCLUSÃO


O turismo doméstico brasileiro segue consolidado como um dos pilares fundamentais da economia nacional. A combinação entre a diversidade de destinos, o fortalecimento da malha aérea, o aumento da conectividade e o desejo crescente por experiências locais coloca o mercado interno em posição de destaque no cenário turístico global.


Com perspectivas de crescimento sólido para 2025 e uma população cada vez mais interessada em explorar o próprio país, o Brasil mantém o turismo doméstico como um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico, social e cultural.

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