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Taxas de Bagagem Despachada Tornaram-se um Negócio Bilionário para as Cias Aéreas

As taxas de bagagem despachada deixaram de ser um simples extra — tornaram-se um verdadeiro bilionário negócio para as companhias aéreas:


💰 Panorama global e nos EUA

• Receita global chegou a US$ 33 bilhões em 2023, alta de cerca de 15% em relação a 2022, e equivalente a aproximadamente 4,1% da receita total das companhias aéreas .

• Nos EUA, somente em 2024, foram cobrados US$ 7,27 bilhões em taxas de bagagem despachada — valor recorde .


🛫 Como esse modelo se consolidou

1. Origem “justificável”: bagagens começaram a ser cobradas por volta de 2008, como forma de compensar o aumento dos preços do combustível .

2. Estratégia de “unbundling”: ao separar serviços como bagagem, seleção de assento e prioridade de embarque, as companhias mantêm tarifas baixas de forma artificial, cobrando à parte por tudo — o que reduz impostos sobre as tarifas e aumenta lucros .

3. Evolução em lucro: nos EUA, a receita com bagagem despachada passou de US$ 1,1 bi em 2008 para mais de US$ 7 bi em 2023 .


🌍 Impacto no consumidor

• Passageiros relatam a sensação de terem sido enganados ao descobrir que quase R$ 1.100 (~US$ 200) sobre o custo inicial da passagem é cobrado depois pelos despachos .

• Em resposta, há uma corrida por malas pequenas que caibam como bagagem de mão — empresas de bagagem como a Antler relatam “vendido como água” .


🏛️ Pressão política e regulamentação

• Nos EUA, senadores vêm criticando as chamadas “junk fees” (taxas inúteis), classificando-as como abusivas, e exigem transparência com potencial regulamentação .

• Testemunhos no Senado acusam determinadas empresas de incentivar agentes aeroportuários a aplicar taxas extras, às vezes sem clara relação com custo real .


📈 Exemplo recente: Southwest Airlines

• A Southwest, que por décadas permitiu 2 malas despachadas grátis, mudou esta política em maio de 2025, passando a cobrar US$ 35 pela primeira e US$ 45 pela segunda bagagem . Previsão de receita adicional anual de US$ 1,5 bilhão, embora possam perder até US$ 1,8 bi se passageiros migrarem para concorrentes .


✅ Por que isso é estratégico para as companhias

• A bagagem despachada compõe apenas 2–4% da receita de grandes companhias, mas chega a 20% a 23% nas low-cost (como Spirit, Frontier) .

• As taxas não só aumentam receita, mas evitam alças fiscais, já que taxas são menos tributadas que o preço da passagem 


As taxas de bagagem hoje são negócio sólido e lucrativo, representando bilhões no caixa das companhias — que as tratam como uma fonte constante de lucro. Os consumidores, por sua vez, estão se adaptando — com malas menores, planejamento cuidadoso e busca por tarifas que incluam benefícios.


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