Paço Imperial e o Convento do Carmo
- Turismo News
- 18 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de jul.

Originalmente voltado para o antigo porto do Rio, é um dos mais
importantes edifícios históricos do Brasil. Ele tem uma trajetória marcante,
que acompanha momentos-chave da história colonial, imperial e republicana do país.
Construído em 1743 para ser a Casa dos Governadores do Brasil Colônia,
com arquitetura colonial portuguesa, com linhas sóbrias e austeras,construído de pedra, cal e telhados em 2 águas.
Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, o edifício
passou a ser a residência oficial de Dom João VI.

Após a Independência (1822), o prédio passou a ser chamado de Paço
Imperial, agora como parte da sede do governo do Império do Brasil,
passou a ter funções administrativas e cerimoniais.
Ali foram recebidos embaixadores, decretadas leis e realizadas audiências
públicas.
O momento mais simbólico desse período foi a assinatura da Lei Áurea
pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, na sacada do Paço.
O edifício passou por diversas reformas ao longo dos séculos:
A fachada foi modificada, janelas ampliadas e o prédio ganhou mais
ornamentação neoclássica.

Durante o século XX, sofreu descaracterizações, mas foi restaurado nos
anos 1980, retornando a sua aparência do século XVIII.
Atualmente o Paço Imperial funciona como um centro cultural, com
exposições de arte contemporânea e histórica, eventos culturais, palestras e
debates, café e uma livraria em seu pátio interno.

Após quatro anos de obras que restauraram as antigas características
arquitetônicas, o Convento do Carmo, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), foi
reinaugurado. O prédio, foi residência de D. Maria I, rainha de Portugal,
depois que a corte portuguesa mudou-se para o Brasil em 1808. O local
abriga atualmente o Centro Cultural da Procuradoria, com biblioteca, salão
de exposições e bistrô abertos ao público.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia
federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do
Turismo, acompanhou de perto as intervenções. O imóvel foi tombado em
1964, com a inscrição no Livro do Tombo Histórico do Instituto.
Construído pelos frades carmelitas em 1620, o Convento do Carmo é um
dos prédios mais antigos do Rio de Janeiro. Ao longo dos séculos a
edificação em estilo colonial passou por transformações, comoconstrução de um terceiro andar e a retirada de uma ponte que conectava ao Paço Imperial, situado à frente.
O escopo da obra recém-inaugurada contemplou o restauro de esquadrias,
pisos, forros e pinturas. Também foram incorporadas novas soluções de
acessibilidade, bem como melhorias nas instalações prediais e intervenções
visando o conforto ambiental e acústico. O resultado é um projeto
contemporâneo que não perde de vista as características históricas do prédio .

No andar térreo, a obra resgatou a originalidade dos arcos que emolduram
os dois grandes ambientes, onde serão instalados um bistrô e o salão de
exposições. No primeiro andar, os aposentos que serviram à D. Maria I
tiveram o piso completamente restaurado, com tábuas de pinho de riga
trazidas em navios da Europa. Também foram recuperadas a cor das
paredes e as pinturas que adornam o ambiente.
O restauro também revelou a estrutura das paredes internas do primeiro
piso, com vigas de madeira entrelaçadas. O recurso evidencia a
preocupação dos europeus com os abalos sísmicos que devastaram Lisboa
em 1755. A obra também descortinou uma delicada pintura na parede que
imita uma divisória em madeira. Trata-se da técnica artística conhecida
como trompe l'oeil (em francês), que cria uma ilusão de ótica e transformaa figura em três dimensões. Há, ainda, paredes erguidas com pedras coladas
com óleo de baleia.

As escavações feitas no prédio para a instalação de novos sistemas de água
e esgoto desenterraram dezenas de achados arqueológicos utilizados no dia
a dia pela família real portuguesa: louças francesas e inglesas, garrafas de
vinho, talheres de prata, moedas, pentes, cachimbos e fragmentos de
cerâmica. Esses utensílios da família real estão reunidos e organizados para
uma exposição permanente no próprio convento.


Relação entre o Paço Imperial e o Convento
do Carmo
A relação entre o Convento do Carmo e o Paço Imperial era evidente, com
passadiços construídos para facilitar a comunicação entre os dois edifícios.A varanda entre os dois edifícios era palco de cerimônias públicas, como a
coroação de D. Pedro I e D. Pedro II.
Ambos os edifícios são marcos importantes da história do Rio de Janeiro e
do Brasil.

Texto: Dorys Daher
Referencias:
Brasil Imperial
Museu Histórico Nacional
Biblioteca Nacional
Paço Imperial
Fotos: Acervo pessoal, Dorys Daher: Paço Imperial