O Poder do Showbiz: Lady Gaga e a Economia que Movimenta Milhões
- Turismo News
- 29 de abr.
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Por Carlos Mugnaini

Quando Lady Gaga sobe ao palco, o impacto vai muito além das luzes e do som: é um fenômeno econômico de grandes proporções, capaz de transformar uma cidade, impulsionar setores inteiros e injetar milhões de reais na economia local.
Segundo a Oxford Economics, grandes shows movimentam entre R$ 80 milhões e R$ 150 milhões nas cidades que os recebem. Turistas de todas as partes do país — e do mundo — consomem e lotam hotéis, transportes, restaurantes, bares e, claro, aproveitam para conhecer os principais pontos turísticos do destino. No caso de artistas como Lady Gaga, esse efeito é amplificado, aumentando o tempo médio de permanência, o gasto por visitante e a visibilidade internacional da cidade.
Estudos da Eventbrite, em parceria com a Harris Poll, mostram que 78% dos fãs viajam para assistir a shows de seus artistas preferidos, gastando em média 30% mais do que turistas convencionais com hospedagem, alimentação e lazer. O impacto de um evento desse porte reflete-se diretamente na economia local, gerando entre 2.000 e 5.000 empregos temporários, abrangendo montagem de estruturas, segurança, transporte, alimentação e toda a cadeia de serviços.
O case da Joanne World Tour, de Lady Gaga em 2017, ilustra essa dinâmica com perfeição: a turnê arrecadou aproximadamente US$ 95 milhões, impulsionando economias locais e projetando as cidades internacionalmente. Em cada parada, o cenário se repetia: hotéis esgotados, restaurantes lotados, comércio aquecido, ruas pulsando de vida — consolidando a imagem das cidades como destinos vibrantes e hospitaleiros.
No Rio de Janeiro, a realização do show em Copacabana potencializa ainda mais esses efeitos. A cidade, já reconhecida mundialmente por sua cultura vibrante e beleza natural, reforça sua posição no calendário global de grandes eventos. Mais do que entretenimento, o show de Lady Gaga será um movimento estratégico de desenvolvimento econômico e turístico, trazendo milhares de visitantes, gerando receita, empregos, fortalecendo a cadeia produtiva do turismo e posicionando o Rio como protagonista no cenário internacional.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) comprova esse impacto: para cada R$ 1 investido em grandes eventos culturais, a economia local pode obter um retorno de até R$ 3,50. Trata-se de uma poderosa alavanca de crescimento — e, para o Rio, uma oportunidade de reaquecer a economia, projetar sua imagem positiva e renovar seu papel de grande anfitrião global.
O entretenimento, em sua expressão mais potente, é o novo motor da economia contemporânea: emoções que não cabem em fotos — mas que transformam realidades econômicas e sociais.
E Lady Gaga prova que é possível fazer multidões vibrarem, construir memórias inesquecíveis e ainda deixar um legado milionário para a cidade que a recebe.
Quando as luzes de Copacabana se apagarem após o show, o que ficará será muito mais do que lembranças: será a renovada certeza de que o entretenimento é uma das maiores estratégias de desenvolvimento urbano e econômico do nosso tempo.
E já fica a pergunta: qual será a grande atração de 2026? Seguimos ansiosos por mais espetáculos memoráveis!
Carlos Mugnaini